FIIS DESAFIAM A LÓGICA: SUPERAM A BOLSA E DISPARAM EM 2024 – DESCUBRA O SEGREDO!

Tempo de leitura: 4 min

Escrito por Roberto Kirizawa
em 08/06/2024

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Está rolando uma dúvida grande sobre quando os juros vão começar a cair nos Estados Unidos e também temos visto mais riscos fiscais aqui no Brasil. Isso tem deixado o mercado financeiro meio inseguro, sem saber até onde a nossa taxa Selic pode cair.

As últimas projeções indicam que ela pode chegar a 10,25% ao ano.

Por causa dessa incerteza toda, o Ibovespa, que é o principal índice da bolsa brasileira, já caiu 9% só em 2024.

Mas sabe o que não caiu?

Os fundos de investimentos imobiliários, os famosos FIIs, que são muito queridos pelos investidores.

Eles estão resistindo bem a essa turbulência toda.

Hoje você vai entender o porquê disso estar acontecendo e os riscos que você tem que tomar cuidado.

Sabe o IFIX? Ele é a referência da Bolsa para os fundos imobiliários.

Mesmo com todo o sobe e desce do mercado, ele conseguiu um aumento de 1,82% no mesmo período.

Mas, atenção, isso não quer dizer que ele esteja imune às incertezas sobre a taxa de juros.

Quando o mercado fica estressado, os fundos imobiliários sentem o impacto.

Mas a reação deles costuma ser diferente das ações na Bolsa.

Isso acontece porque, mesmo com todas as dúvidas sobre até onde a nossa taxa Selic pode chegar, os juros no Brasil já diminuíram razoavelmente, o que garantiu um respiro para os fundos imobiliários nos últimos meses.

Vamos lembrar que tínhamos, até bem pouco tempo atrás, uma taxa de juros de 13,75% ao ano.

A expectativa do mercado mudou, mas hoje nossa Selic está em 10,50% ao ano.

Ou seja, já caiu 3,25 pontos percentuais.

Com isso, mesmo no meio da tempestade, os fundos imobiliários estão se mostrando uma opção interessante.

Atualmente, as projeções do mercado esperam que a Selic, nossa taxa básica de juros, chegue a 10,25% no final de 2024 e a 9,18% no final de 2025.

No começo de abril, as expectativas eram ainda melhores, com a possibilidade da Selic fechar 2024 a 9,0% ao ano, pra você ter uma ideia de como as coisas estão mudando de figura.

O fato é que o IFIX, que é um indicador do desempenho dos fundos imobiliários, esta se valorizando mesmo nesse momento de instabilidade econômica.

Algo que está ajudando nisso é que apesar de serem considerados ativos de renda variável, o mercado imobiliário é mais previsível se comparado a outros setores da economia.

E tem mais, os fundos garantem uma renda constante através do pagamento de dividendos todo mês, o que ajuda a diminuir a volatilidade.

Por isso que os Fundos de Investimento Imobiliário, se tornam uma alternativa interessante para quem busca uma opção de investimento com menos variações e rendimentos mais estáveis.

O que dá a entender é que a incerteza econômica, com os juros nos Estados Unidos se mantendo altos e os riscos fiscais no Brasil, já foi levada em conta pelo mercado e já está precificada nas cotas dos Fundos Imobiliários.

Apesar do cenário atual do IFIX, é importante que os investidores continuem atentos à qualidade dos ativos em seus fundos imobiliários.

Com a Selic possivelmente alta por mais tempo do que o esperado, é preciso um olhar mais cuidadoso.

Fundos vinculados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e fundos de tijolo com alavancagem acima de 30% são os que mais demandam atenção nesse momento de incertezas sobre os juros.

Os fundos de tijolo com alavancagem, são aqueles que investem diretamente em imóveis físicos, e fazem dívidas para financiar a compra dos seus ativos. Isso pode aumentar o potencial de retorno do fundo, mas também aumenta o risco.

Esses fundos que têm dívidas precisariam de mais dinheiro para diminuir essas dívidas e equilibrar suas finanças.

Se os juros continuarem altos por mais tempo, fica mais difícil conseguir captar esse dinheiro extra.

O que isso significa?

Que os responsáveis pelos fundos vão ter que usar parte do dinheiro dos aluguéis para pagar as dívidas do fundo, o que pode resultar em menor pagamento de dividendos para você.

Por isso, é muito importante que você, como cotista, fique de olho na saúde financeira dos seus investimentos.

Reveja sua carteira. Verifique como está a composição. Identifique quais são os Fundos Imobiliários que você está aceitando riscos maiores do que deveria e ajuste de acordo com a nova realidade.

Crie um portfólio forte, com ativos bem localizados e que são fáceis de vender.

Assim, o responsável pelo fundo consegue diminuir a quantidade de imóveis desocupados se decidir baixar o preço do aluguel, em uma eventual necessidade.

Agora, uma coisa é fato e deve entrar na sua análise.

Não adianta querer só comprar em momentos bons para os investimentos.

É justamente nesse momento, em que todos estão comprando porque tudo está subindo, é que você vai comprar com valor muito alto.

O melhor momento para comprar são nas baixas.

Mas para isso é preciso ser racional, ter paciência e não se deixar levar pelo medo ou pela euforia do mercado.

Lembre-se sempre, investir é para o longo prazo e a melhor estratégia é a diversificação.

Só assim será possível alcançar a tão sonhada Liberdade Financeira!

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