Existem momentos em nossas vidas onde fazer investimentos, seja em ações, Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) ou qualquer outra modalidade de investimento, pode acabar não sendo a decisão mais acertada.
Em alguns desses casos, é como se estivéssemos literalmente jogando dinheiro no lixo.
Hoje, vamos aprofundar nesse tópico e discutir sobre quando e por que isso acontece.
Quando investir é jogar dinheiro no lixo
Investir dinheiro em qualquer modalidade de investimento quando se está endividado pode ser comparado a jogar dinheiro no lixo, e aqui está o porquê.
Inicialmente, é importante entender que as dívidas, especialmente as de cartão de crédito e cheque especial, costumam ter taxas de juros muito altas.
Essas taxas de juros podem, em muitos casos, superar qualquer retorno que se possa obter com investimentos.
Isso significa que, enquanto o dinheiro investido pode estar rendendo uma certa porcentagem, as dívidas estão crescendo a um ritmo muito mais rápido devido aos juros altos.
Nesse cenário, é como se o dinheiro investido estivesse sendo literalmente jogado no lixo, pois qualquer ganho obtido com o investimento é anulado pelo crescimento da dívida.
Em outras palavras, o retorno do investimento não é suficiente para cobrir o custo da dívida, resultando em um prejuízo financeiro, no final das contas.
Por isso, o mais sensato a fazer, é usar o dinheiro para quitar ou reduzir as dívidas antes de considerar qualquer tipo de investimento.
Isso porque, ao reduzir a dívida, a quantidade de dinheiro que se perde em juros também diminui, o que pode resultar em uma economia significativa a longo prazo.
Além disso, estar livre de dívidas oferece uma maior liberdade financeira e uma base mais sólida para futuros investimentos.
Sem a pressão de juros altos e dívidas crescentes, é possível fazer escolhas de investimento mais tranquilas e racionais.
O único caso em que você deve direcionar dinheiro além de pagar as dívidas
A única situação em que você deve direcionar dinheiro além de pagar as dívidas é a criação de uma reserva de emergência.
Isso pode parecer contraintuitivo no início, mas deixe-me te explicar.
A reserva de emergência é um fundo que você deve ter disponível para cobrir despesas imprevistas ou emergências.
Estamos falando de situações não planejadas que podem surgir e requerer um desembolso imediato de dinheiro, como a perda de um emprego, uma doença súbita, reparos inesperados no carro ou em casa, e outras situações semelhantes.
Essa reserva de emergência proporcionando uma camada de segurança financeira à você, e principalmente paz de espírito.
É um dinheiro que estará lá para você quando você mais precisar.
A existência desse fundo evita que você tenha que recorrer a empréstimos ou crédito (que podem ter taxas de juros altas) em caso de uma emergência, o que poderia aumentar ainda mais suas dívidas.
A recomendação geral é que essa reserva seja suficiente para cobrir de três a seis meses de suas despesas fixas.
Isso inclui aluguel ou prestação da casa, contas de serviços públicos, alimentação, transporte e quaisquer outras despesas regulares que você tenha.
Esse montante pode parecer grande, mas a ideia é que ele possa sustentar você e sua família por um período significativo em caso de uma emergência financeira.
Portanto, mesmo quando você está em dívida, é importante direcionar uma parte do seu dinheiro para a criação dessa reserva de emergência.
Isso não significa que você deve ignorar suas dívidas – pelo contrário, a prioridade ainda deve ser pagar suas dívidas o mais rápido possível.
Mas é fundamental também garantir que você tenha algum dinheiro reservado para emergências.
Depois de ter sua reserva de emergência e suas dívidas pagas, você estará em uma posição muito mais forte para começar a pensar em fazer investimentos e começar a criar o seu patrimônio.
Não caia novamente nesta armadilha
Após passar por uma situação de endividamento, é natural pensar que não cairá novamente na armadilha do endividamento excessivo, certo?
Seria o ideal, mas a verdade é que, infelizmente, na prática, isso nem sempre ocorre.
É muito comum que as pessoas, após passarem por um período de dificuldades financeiras e conseguirem quitar suas dívidas, acabem por repetir os mesmos erros levando à situação de endividamento de novo!
É uma armadilha fácil de cair e uma que é importante estar consciente para evitar.
Portanto, é fundamental que você esteja atento e faça um esforço consciente para mudar sua mentalidade.
Você precisa passar de uma mentalidade que favorece o endividamento, para uma mentalidade focada em economia e crescimento.
O objetivo é transformar-se em alguém que, mês após mês, consegue economizar um pouco de dinheiro.
Este dinheiro poupado pode então ser direcionado para aumentar o seu patrimônio.
Pense nisso como um investimento em seu futuro e sua tranquilidade.
Cada centavo que você poupa e investe hoje está trabalhando para garantir um futuro financeiramente estável e seguro para você.
Portanto, antes de considerar qualquer tipo de investimento, é fundamental avaliar sua situação financeira atual.
Se você estiver endividado, a prioridade deve ser sempre acabar com essa dívida o mais rápido possível.
Somente depois de estar em uma posição financeira mais saudável é que se deve considerar a possibilidade de investir.
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