COM A SELIC CAINDO, ONDE DEVO COLOCAR A RESERVA DE EMERGÊNCIA?

Você também está aí se perguntando onde colocar sua reserva de emergência agora que a taxa Selic está caindo?

Pois é, muita gente está nesse mesmo barco, sem saber direito como navegar nesse mar de incertezas.

Mas não se preocupe! Estou aqui justamente para conversar sobre isso.

Vamos entender juntos esse cenário e buscar as melhores opções para sua reserva de emergência.

PS: É importante lembrar que este conteúdo não é uma recomendação de investimento. Estou passando o meu ponto de vista e o que eu faço na prática para que você obtenha o conhecimento necessário a fim de tomar suas próprias decisões e alcançar os seus objetivos financeiros.

O que é a Reserva de Emergência

Antes de mais nada, vamos recapitular o que é a reserva de emergência.

A reserva de emergência é um montante de dinheiro que você economiza para cobrir despesas inesperadas e emergências financeiras.

Isso pode incluir coisas como despesas médicas inesperadas, reparos de carro ou casa, ou despesas de subsistência se você perder seu emprego.

É uma espécie de “colchão financeiro” que oferece uma certa segurança e estabilidade em tempos de incerteza.

Geralmente, é aconselhável ter cerca de seis meses de despesas cotidianas guardadas como reserva de emergência.

Este valor pode variar dependendo da sua situação financeira, mas é um bom ponto de partida para a maioria das pessoas.

Isso garante que, mesmo em situações de emergência ou imprevistos, você tenha uma margem de segurança para manter seu padrão de vida sem entrar em dívidas.

As características que um investimento precisa ter para colocar a Reserva de Emergência

Existem algumas características importantes que um investimento deve ter para ser adequado para a sua reserva de emergência.

Primeiramente, ele precisa ser de fácil e rápido acesso, para que você possa utilizar o dinheiro em caso de uma emergência.

Isso significa que investimentos com prazos de vencimento longos ou penalidades severas para retiradas antecipadas não são adequados.

Além disso, o investimento deve ser de baixo risco.

Afinal, a reserva de emergência é destinada a oferecer estabilidade financeira em tempos de incerteza, portanto, não é aconselhável colocá-la em investimentos que têm alta probabilidade de perder valor.

Uma coisa importante que você deve sempre lembrar é que para ter a possibilidade de maiores rentabilidades é necessário aceitar maiores riscos.

E por isso mesmo, temos que escolher investimentos mais conversadores para a nossa Reserva de Emergência.

Por fim, enquanto a rentabilidade não é o fator mais importante para a reserva de emergência, é ideal que o investimento pelo menos acompanhe a inflação para evitar a perda do poder de compra ao longo do tempo.

Os investimentos

Depois de entender as características que um investimento precisa ter para ser considerado apto a receber sua reserva de emergência, fica mais fácil separar o joio do trigo.

Basicamente, sobram dois tipos de investimentos: o Tesouro Direto Selic e os CDBs que sejam pelo menos 100% do CDI.

Ambos os investimentos possuem liquidez para saques imediatos, com um pequeno porém.

No caso do Tesouro Direto, existe uma pequena restrição, pois não é possível acessar o dinheiro imediatamente nos finais de semana ou feriados, justamente porque o mercado está fechado nesses dias.

Isto é, se você precisar do dinheiro em uma situação de emergência nesses dias, poderá ter que aguardar até o próximo dia útil para realizar o resgate.

É importante ressaltar que, para o Tesouro Direto, se você precisar resgatar o dinheiro no mesmo dia, é necessário solicitar o resgate até o horário que a sua corretora estipula. Depois desse horário, a operação será completada apenas no próximo dia útil.

Já o porém do CDB é que tem que ser acima de 100% do CDI para ser competitivo em relação ao Tesouro Direto e está garantido pelo FGC até o limite máximo de R$ 250 mil por instituição e por CPF.

Portanto, ao escolher entre essas opções, leve em consideração não apenas o rendimento, mas também a facilidade de acesso e o grau de risco que cada uma oferece.

Por isso mesmo, se você optar por colocar sua reserva de emergência no Tesouro Selic, é aconselhável, ter uma parte em um CDB para ter acesso mais rápido e facilitado em um momento de desespero que você não estava esperando.

Em quais CDBs devo investir

Os CDBs são emitidos pelos bancos, portanto, é extremamente importante verificar a confiabilidade do banco em que você tem interesse em comprar seus CDBs.

Lembre-se de que, neste caso, a segurança do seu investimento está diretamente ligada à saúde financeira do banco emissor.

Apesar da garantia do FGC, é preferível evitar o risco de não ter acesso à sua reserva de emergência por um a três meses, até ser reembolsado, em caso de falência do banco.

Portanto, é essencial fazer uma pesquisa cuidadosa para garantir que o banco tenha uma boa reputação e seja conhecido por sua solidez e confiabilidade.

Verificação do banco

Para fazer uma verificação rápida do banco emissor do CDB que você tem interesse de comprar, vá até o site do Banco Data: https://bancodata.com.br

Então digite o nome do banco que você quer saber um pouco mais sobre sua saúde financeira.

Neste exemplo vamos ver o banco Sofisa Direto, que está com um CDB de 110% do CDI, o que é uma taxa muito interessante.

Inclusive vou deixar o link dele para você se cadastrar e ter a oportunidade de receber R$ 50,00 caso atenda os critérios que estão na página do link.

Primeiramente é interessante ver se o banco está tendo lucro, e neste caso sim, está.

Depois vamos ver o índice de basiléia que é a capacidade de honrar suas obrigações, se está acima dos 11% que o Banco Central pede – e está ok.

E por fim, vamos dar uma olhada como está o imobilizado, para saber se a maior parte do patrimônio está disponível e tem liquidez, e está ok.

Você pode utilizar este mesmo processo para verificar o banco que tem interesse em investir.

Conclusão

Portanto, independente do momento econômico em que vivemos, quando falamos de reserva de emergência, nada muda.

Os investimentos que temos disponíveis para aplicar nosso dinheiro para esta finalidade continuam os mesmos, apesar, de claro, estarem com uma rentabilidade menor.

Mas devido as características que o investimento que receberá sua reserva de emergência tem que ter, devemos mantê-la utilizando os mesmo princípios.

Afinal como eu já disse: para ter a possibilidade de rentabilidade maior é necessário correr mais riscos e isso é totalmente o oposto que um investimento para a reserva de emergência deve ser.