Grande parte das pessoa acham que investir na renda fixa é simples e por isso não é necessário estudar ou procurar entender o que se está fazendo.
Mas não é bem assim.
Existem vários erros comuns que podem prejudicar seu rendimento.
E acredite em mim, esses erros que vou comentar são mais comuns de serem cometidos do que você imagina.
Poupança
Vamos começar a nossa viagem pelo mundo da renda fixa com o velho e conhecido amigo de todos, a Poupança.
Quem aí nunca ouviu aquela famosa frase “vou guardar na poupança”?
Ela é quase uma instituição nacional, né?
Mas olha, tenho que te contar uma coisa, e não é das mais agradáveis.
Acontece que a poupança, apesar de ser segura e fácil de usar, não é lá a melhor opção para fazer o seu dinheiro render.
E eu vou explicar o porquê.
Primeiro, você precisa saber que o rendimento da poupança é muito baixo.
Isso significa que mesmo depois de um bom tempo, o seu dinheiro não vai ter crescido muito.
E aí, quando você coloca a inflação na jogada, a coisa fica ainda mais complicada.
A inflação pode corroer o seu rendimento e fazer com que, na verdade, você esteja perdendo dinheiro.
É como tentar encher um balde furado, entende?
Então, se você quer que o seu dinheiro trabalhe para você, e não o contrário, é melhor pensar duas vezes antes de deixá-lo parado na poupança.
Mas não se preocupe, porque existem muitas outras opções de investimentos em renda fixa que podem dar um retorno bem melhor.
E claro, eu estou aqui para te ajudar a descobrir quais são elas!
Se travar em CDB
Agora, vamos falar sobre o Certificado de Depósito Bancário, mais conhecido como CDB.
O CDB pode parecer uma ótima opção de investimento em renda fixa, e muitas vezes ele é, mas tem uma pegadinha que você precisa ficar de olho: o prazo de vencimento.
É isso mesmo! Você já parou para pensar no prazo de vencimento do seu CDB?
Pois é, deveria!
Se por acaso você se deparar com um CDB com um prazo muito longo, e a taxa não for tão atraente, pode ser uma roubada.
“Mas por quê?”, você pode perguntar.
Bom, o problema é que, se você investir em um CDB com um prazo muito longo e uma taxa baixa, seu dinheiro ficará “preso” nesse investimento por um bom tempo.
E durante esse período, você pode perder outras oportunidades de investimento mais rentáveis que possam aparecer.
Caso você queira retirar o seu dinheiro que está investido em um CDB que o prazo de vencimento ainda está longe, pode acontecer 2 coisas:
- Você terá que pagar uma multa como penalidade de tirar o seu dinheiro antes do prazo;
- Não conseguir, por não ter esta possibilidade oferecida pela instituição que emitiu o CDB.
Por isso, é sempre bom verificar o prazo de vencimento e a taxa oferecida antes de investir em um CDB.
Lembre-se, o seu dinheiro deve trabalhar para você, e não ficar preso em um investimento que não vai trazer um bom retorno.
Debêntures
Uma coisa que você não precisa é correr risco na hora de investir em renda fixa.
Por isso eu não recomendo investir em debêntures para montar sua carteira de renda fixa.
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas (com exceção das instituições financeiras) que buscam captar recursos para financiar suas atividades.
Quando você compra uma debênture, você está essencialmente emprestando dinheiro para a empresa em troca de juros.
Este tipo de investimento é considerado renda fixa, pois a remuneração ou o seu rendimento pode ser determinado no momento da aplicação ou no momento do resgate do título.
As debêntures podem ter prazos variados e são uma forma de a empresa obter financiamento sem ter que recorrer a empréstimos bancários.
No entanto, o risco desse tipo de investimento reside na saúde financeira da empresa emissora – se a empresa enfrentar dificuldades financeiras, pode não ser capaz de pagar os juros ou devolver o principal investido no vencimento.
Fora que não tem o respaldo do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Tesouro Prefixado
Agora vamos falar sobre o Tesouro Prefixado.
Sabe aquele investimento que parece ser uma maravilha, mas que, na verdade, pode ser uma verdadeira armadilha?
Então, é o caso do Tesouro Prefixado quando a taxa de juros básica está baixa.
Entenda que é apenas quando a Selic está baixa, ok?
Vamos dar um giro nesse cenário.
Imagine que você está numa festa incrível, a música está boa, a companhia está agradável e de repente, o DJ muda a playlist para uma música lenta.
A energia muda, certo? O mesmo acontece com o Tesouro Prefixado em um cenário de baixa taxa de juros.
O Tesouro Prefixado é aquele título público que, como o próprio nome diz, tem a taxa de juros fixada no momento da compra.
Você sabe exatamente quanto vai receber no final do prazo, independente do que aconteça no mercado.
Parece bom, né? Mas calma que o buraco é mais embaixo.
Quando a taxa básica de juros está baixa, e você opta por um Tesouro Prefixado, você está se comprometendo com uma rentabilidade fixa, que pode ser bem menor do que o que o mercado vai oferecer daqui a algum tempo.
É como se comprometer a comprar uma caixa de chocolates por um preço fixo hoje, e descobrir daqui a seis meses que o preço caiu pela metade. Você vai se sentir meio enganado, né?
E tem mais! Se a inflação subir durante o período do seu investimento, a rentabilidade real do seu Tesouro Prefixado pode ficar ainda menor, devido a marcação a mercado.
É como se, além dos chocolates estarem mais baratos, eles ainda viessem com menos bombons na caixa.
Por isso, é importante ficar de olho no cenário econômico antes de optar pelo Tesouro Prefixado.
Se a taxa de juros está baixa, talvez valha mais a pena optar por um título pós-fixado, que acompanha a taxa de juros e pode oferecer uma rentabilidade maior no longo prazo.
Tesouro Selic
E agora, vamos falar do Tesouro Selic.
Você pode pensar que, por se tratar de um investimento seguro e de baixo risco, o Tesouro Selic é sempre uma boa opção, certo?
Bem, sinto em te informar, mas nem sempre!
Especialmente quando estamos falando de investimentos de longo prazo.
Você já parou para pensar que talvez existam opções melhores para o seu dinheiro?
Pois é, acredite ou não, o Tesouro Selic pode não ser a melhor escolha para quem pensa no futuro.
Estudos mostram que, em cenários de longo prazo, o Tesouro IPCA ganha do Tesouro Selic em cerca de 86% das vezes.
Isso mesmo, 86%! É uma grande diferença, não é?
Agora, você deve estar se perguntando: “Mas por que isso acontece?”
E a resposta tem a ver com a forma como cada investimento funciona.
Enquanto o Tesouro Selic acompanha a taxa Selic, o Tesouro IPCA acompanha a inflação, mais uma taxa prefixada.
Ou seja, se a inflação subir, seu dinheiro no Tesouro IPCA também sobe!
Pense nisso: você está em uma corrida, e o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA são os seus adversários.
No início, todos estão no mesmo ritmo, mas, ao longo do tempo, o Tesouro IPCA começa a acelerar e acaba cruzando a linha de chegada primeiro na maioria das vezes.
Isso porque ele tem um componente a mais, o IPCA, que ajuda a impulsionar o rendimento.
Então, da próxima vez que você for investir seu dinheiro pensando no longo prazo, lembre-se de considerar todas as opções.
O Tesouro Selic pode parecer seguro e confortável, mas não seria a melhor opção quando falamos de um dinheiro que é para ser investido em um longo prazo.
E aí? Conseguiu perceber como temos que conhecer as nuances dos tipos de investimentos, mesmo quando falamos de algo que supostamente seria super tranquilo de se aplicar como as opções em renda fixa?
Pois é… é por isso que neste canal eu te passo o conhecimento necessário para que você tenha condições de tomar as melhores decisões de acordo com seus objetivos financeiros e circunstâncias do seu momento de vida.
Só assim será possível alcançar a tão sonhada Liberdade Financeira!
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